Após dançar quadrilha em São Gonçalo do Amarante na semana passada, a websérie “Na Trilha do Forró” voltou ao oeste potiguar para conferir mais uma vez as estripulias do Mossoró Cidade Junina, a maior programação de São João do estado em junho. Durante a última semana dos festejos, a apresentadora Anna Alyne Cunha conferiu os shows, conversou com os festeiros, produtores de quadrilha, e registrou seu deslumbramento com a encenação do espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró”, a superprodução histórica que é símbolo da cidade.
O “Trilha” fez sua estreia cobrindo o Pingo da Mei Dia, e retornou semanas depois para confirmar que a animação não parou. “Havia uma expectativa muito grande para o show de Alceu Valença naquela noite, e foi realmente muito especial. As pessoas estavam em êxtase. Vimos que a felicidade estava nos olhos das pessoas. A gente a gente viu muita gente emocionada”, relata a jornalista, apresentadora, e também uma das roteiristas da série.
Anna Alyne nunca tinha assistido “Chuva de bala” antes. O espetáculo encena, com música, dança e teatro, a resistência da cidade ao ataque do bando de Lampião, acontecido em 1927. O texto é do poeta e escritor Tarcísio Gurgel, e o musical é encenado ao ar livre, na frente da Igreja São Vicente. O texto de Gurgel é revestido pela música de Danilo Guanais. A cenografia e a direção geral são de João Marcelino. No palco, 76 artistas, entre atores e bailarinos, contam o épico mossoroense.
A apresentadora conferiu o espetáculo em seu penúltimo dia de exibição, e afirmou que é algo mágico. “Fiquei fascinada em como a peça promove um grande encontro de gerações para contar uma história que tem mais de 90 anos”, diz. Além de se deslumbrar com a encenação, Anna Alyne também conversou com alguns integrantes do elenco.
Uma delas é a veterana atriz Tony Silva, que tem mais de 40 anos de estrada, e há 17 anos faz parte do espetáculo. Exemplificando o encontro de gerações, Anna ouviu Tony e também Júlia Castro, uma garota de 16 anos que foi selecionada no banco de talentos feito para a peça. Ambas contracenam em cena com a mesma desenvoltura. “Esse encontro de gerações, perpetuando um espetáculo tão bonito, é algo que dá muita força às imagens do programa”, diz.
No episódio mossorense, a equipe também produziu uma matéria sobre a fabricação de adereços para as quadrilhas juninas, que se apresentam cada vez mais criativas, coloridas, brilhantes, e super produzidas. “É uma continuação do episódio passado onde a gente mostrou os ensaios da quadrilha Balão Dourado. E nesse episódio nós mostraremos como é que é os adereços são produzidos”, diz.
A exuberância das fantasias e cenários é produzida nos galpões dos grupos e até nas casas de alguns integrantes. “Quando a gente gravou era tudo sigiloso, mas agora nós já podemos mostrar, falar um pouco mais sobre essa fabricação, e essa paixão em torno das quadrilhas juninas”, afirma. A jornalista ressalta que o episódio está muito bonito, e feito de amantes do São João direto para quem também ama a data.